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NÃO SEJAM TRISTES

        Venho de uma geração que lá, naquele saudoso tempo, sonhávamos com o “Brasil Do Futuro”.

        Muitas das vezes é triste conjugarmos o verbo de uma crônica na 1ª. pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo…

        Lembram quando estudaram a conjugação dos verbos?

        Pois é, o verbo é quem manda no tempo das palavras e pessoas… hoje aquele “velho e sonhado futuro” já passou por nós e, o que é mais doído ainda, não aconteceu, ou seja, o que esperávamos e queríamos não se sucedeu…

        Amávamos a possibilidade de ter a chance de construí-lo (o futuro) para os nossos filhos e netos e, não pensem que não trabalhamos para tudo isso, pois que a nossa parte fizemos, no entanto, “alguém” pelo meio do caminho tolheu nossos sonhos de várias maneiras.

        Inclusive, uma delas e isso infelizmente temos que admitir, foi a falta de caráter, a desonestidade, o desejo de enriquecimento ilícito desses “alguém”.

        Triste assim.

        Nem tudo o que você pensa pode ser dito…isso não é falta de sinceridade, é sabedoria…

        Seguíamos lá (naquele tempo) sempre com o pensamento voltado de que este país tinha tudo para dar certo, reunia as mais altas possibilidades de atingir o “primeiro mundo”, e bastava para nós, coadjuvantes deste processo, acreditar e acreditávamos e queríamos.

        Fomos engolidos pela turbulência desmedida de regras e leis que desviaram totalmente o rumo deste “transatlântico” apelidado de “Gigante Verde-Amarelo”.

        Éramos felizes e não sabíamos…

        E você pode estar agora indagando: afinal de contas, o que eles mesmo fizeram (no caso, nós)?

        Estudamos e trabalhamos, porque ali esteve todo o nosso fundamento.

Fizemos a nossa parte…estão aí a servir de exemplo, graças ao Bom Deus, os nossos filhos e filhas a nos honrar, a nos orgulhar e esse foi o nosso intuito, apesar dos pesares daqueles “alguém”.

        Aliás, não só estudamos e trabalhamos, como também sempre tivemos respeito aos nossos pais, avós, tios e tias, orientadores de serviço e assim por diante, como aos ensinamentos e conselhos que nos foram dados.

        Ah, ainda bem que não esqueci, pois que foi muito importante, aliás importantíssimo: tínhamos um grande respeito pelos nossos professores e professoras, por nossos superiores e com os símbolos nacionais.

        E, agora, que o tempo para nós passou, chegou a hora de que nossos filhos encaminhem nossos netos…

        Principalmente para que cada um deles se pergunte: qual a importância que devo instigar e dar aos meus filhos, sobre a educação, o trabalho e a nação?

        Sim, porque agora está com os nossos filhos oferecer aos seus filhos, aquele “Brasil Do Futuro”, que não conseguimos construir e deixar de legado.

        Reforço e com muita tranquilidade: não fomos nós que não construímos, porque a nossa parte nós fizemos…” alguém” desconstruiu…

        Então, qual a educação, a orientação, o rumo que nossos filhos estão dando para os seus filhos, desde os seus lares…o que estão fazendo e entregando para estas novas gerações?

        A responsabilidade não é mais nossa!

        Precisam acreditar que é indispensável, que necessariamente precisam agir e logo e não abandonar as suas crianças e adolescentes, e, menos ainda os agentes da educação formal brasileira.

        Não se deixem ser coadjuvantes; sejam absolutamente agentes de transformação na educação deste País, para não serem tristes…