Ai, minhas costas

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Outro dia, arrancando inços na horta aqui de casa, senti uma fisgada nas costas. Bem embaixo. Quase nada! Mas que se transformou numa tremenda dor nas costas. Poucos minutos depois dessa fisgada, já estava todo travado, cheio de dor, e torto para a esquerda. Bem torto.
A dor era como agulhas cravadas nos músculos. Tão forte que, num primeiro momento não podia caminhar. Em seguida, precisei deitar no chão e pensei que nunca mais pudesse me mover, de tanta dor.
Mas movi. Levantei e procurei ajuda. Fisioterapia e quiropraxia. Meu histórico de vida já conta com muitas crises como essa, e a melhor solução que encontrei foi essa : quiro e pilates. Procuro fazer exercícios, pratico esportes. Mas volta e meia, craft. Trava tudo.
Levei mais de uma semana para me sentir animado, novamente. Mas aprendi umas coisas, que considero interessantes.
Primeiro, é uma dor terrível, mas não é uma lesão grave. Um movimento errado das costas, e dá uma pegadinha num nervo.
Então, os músculos se contraem, porque o cérebro imagina que aconteceu uma coisa que coloca em risco a coluna. E defende o corpo.
Fiquei torto para o lado esquerdo. Isso porque a lesão foi no lado direito. E o corpo se entorta para proteger a região machucada.
Que fica mais aberta, e evita que se pince o nervo novamente.
As coisas demoram um pouco até voltarem ao normal, porque o cérebro tem uma memória muito ativa para dor. E o trabalho para recuperar essa travada nas costas é mostrar para o cérebro que não há nada grave. Assim, ele não ativa a dor nem as contrações musculares.
Mesmo com dor, é preciso se movimentar. O corpo gosta de movimento. E precisa se mover para ficar bom.
Agora, passadas duas semanas, já me sinto bem melhor. Consigo me movimentar, e já voltei até para o esporte. Então, é uma questão de conhecimento do problema, de suportar a dor, paciência e trabalho para recuperação.
Por fim, minha crítica a toda essa situação, e ao meu cérebro. Pois o cérebro tem uma memória fantástica para a dor, mas não para a prevenção da dor. Mesmo depois de inúmeros episódios como o que relatei, à medida que meu corpo vai melhorando, e minhas costas deixam de doer, “esqueço” de algumas lições, como os alongamentos e exercícios específicos. Infelizmente, só vou lembrar na próxima travada.