CISMAS

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PRONTO, FALEI!

(Se você é “totalmente natalino(a)”, não leia)

        Existe “um dizer”, que traduz tudo aquilo que eu penso sobre minhas crônicas: “escrevo não para contrariar opiniões, mas sim para mostrar a quem pensa como eu, de que não estão sozinhos”.

        E é exatamente porque minhas opiniões podem ser contraditórias à compreensão alheia, todavia são decididas, sinceras e extravasam, certamente, aquilo que eu penso e não me frustro de falar, ou como queiram, de escrever.

        Hoje, muitos de vocês podem deduzir de que eu estou um tanto incompreensível aos momentos atuais, mas não tem como eu falar ao contrário, pois o que vai dentro de “minh’ alma”, além de eu usar e abusar de minha franqueza, de minha lisura para com os leitores(as), não posso me manifestar ao que vai contra minhas emoções, e de muitos e muitos anos atrás…

        Sinceramente?

        Se tem uma coisa de que se me fosse possível fazer, eu faria com absoluta certeza, era me ocultar totalmente das festas de fim de ano.

        Sim, eu sei: não tem como.

        Mas, o tal do Papai Noel, das noites de Natal e da espera do Novo Ano, para mim, são totalmente dispensáveis.

        Eu não tenho o tal do espírito natalino, das hipocrisias de desejos de um novo ano cheio de venturas e realizações, mesmo porque todos os dias vindouros não deixam de ser praticamente a mesma coisa do que aconteceu no tempo que passou, com horas diferentes.

        Nada, ou muito pouca coisa muda e sabem o porquê?

        Porque o que é falado, o que é dito, o que é prometido para os novos dias, ficam já nas comemorações do dia seguinte.

        Claro, toda a regra tem as suas exceções e, se você é uma delas, acredite, tenha a minha solidariedade e meu apreço.

        O apelo comercial, forte, contundente, selvagem até, tomou conta do sentimento de amor, de paz, de apenas e tão somente a troca de muito amor e carinho, pela festa de aniversário de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Salvador.

        Hoje, o que existe por aí são as correrias para “comprar presentes”, elaborar cardápios (que quase sempre são os mesmos de todos os anos) mirabolantes, inaugurar figurinos de tendência pelas lojas de moda…e estourar espumantes no badalar dos sinos…

        Cadê a lembrança espiritual das festas, seja qual religião você professa?

        Você faz uma retrospectiva de tudo aquilo que passou?

        Você “relê” os prós e os contras? Você faz a sua promessa de que nunca mais…?

        Onde estão os seus sentimentos, ao contrário do frenesi de lojas e supermercados?

        Os atos, as palavras destes momentos, normalmente ficam em opiniões que não possuem ou fingem sentir o que não sentem, ou não almejam…sabe o que é jogar apenas para a torcida?

        É o que está por aí, solto no ar… basta ter olhos de humildade e muita fé em acreditar em “Um Ser Maior”.

        Basta ter religiosidade, mesmo que não professa.

        Minhas escusas pela sinceridade, mas o que eu vejo é apenas e tão somente um grande apelo comercial e a presença embaraçosa, importuna das dissimulações nos desejos.

        Como dizem nas redes sociais: PRONTO, FALEI!