CISMAS l Auxílio Brasil, repaginar é preciso

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Vamos começar assim:

O que é a sociologia?

“A Sociologia é uma das ciências humanas que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.” UFSC – Laboratório Interdisciplinar de Ensino de Filosofia e Sociologia.

        Logo em seguida, falemos do Auxílio Brasil, que é um programa social para assistir as famílias que estão em situação de pobreza e extrema pobreza neste país, com a finalidade de promover seu acesso aos direitos sociais básicos e romper com o ciclo intergeracional da pobreza.

        Naturalmente que o assunto deveria ser abordado por um(a) sociólogo(a), mas me atrevo a dar minha opinião.

        Repito, pouco, ou muito pouco entendo de sociologia, mas vejo aqui neste caso de Auxílio Brasil, um tanto desta ciência.

Onde quero chegar com tudo isso?

Num primeiro momento, creio que estamos jogando esse pessoal todo em um extremo ostracismo e é onde entra a sociologia para explicar o fenômeno, e digo porque: o Auxílio Brasil, na minha concepção, deveria ser um programa social transitório, ou seja, estipular quantos anos a família estaria inserida no programa e, neste tempo todo, não só lhe dar o peixe, mas ensiná-los a pescar.

Seria de responsabilidade do Estado, criar as ferramentas necessárias para que estes brasileiros e brasileiras pudessem evoluir, como pessoas individuais, como família, como integrantes da nossa sociedade, quando teriam dignidade o suficiente para se intitularem trabalhadores, com emprego fixo e carteira de trabalho assinada.

Tal fenômeno social, criado a partir do programa social, leva-os a uma classe praticamente sem perspectiva nenhuma, a não ser a dependência do paternalismo do Estado, sem o incentivo deste mesmo Estado para que as pessoas possam progredir, possam evoluir, possam aprender uma nova profissão e sair das amarras do Governo.

Evoluindo para a questão política, temos aí, então, um belo curral de votos para ser explorado, para ser usado maldosamente em usufruto eleitoreiro, ao passo que estas mesmas pessoas vão ficando esquecidas, vão ficando sem evoluir, sem ter uma melhor perspectiva de vida.

Tenho cismas com a proscrição, o isolamento destes brasileiros e brasileiras, pois não há um futuro para eles logo ali na frente.

O Estado se omite, quando na verdade, dentro do programa social, haveria de ter uma contraproposta de aprendizado do assistido, para que também outras tantas pessoas possam entrar.

Moldou-se aí um novo comportamento humano em função do programa social e, como causa, a interdependência deste mesmo programa.

Tudo isso gerou uma manifestação de um comportamento humano em função do meio e de um processo.

Entendo que é preciso rever, neste processo, algumas coisas, principalmente acreditar que o ser humano é capaz sim de evoluir.

Pensem nisso, enquanto eu lhes desejo um ótimo e abençoado fim de semana.