José Otávio Germano renuncia e não é mais prefeito de Cachoeira do Sul

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Na manhã desta quinta-feira (7), o presidente do Poder Legislativo de Cachoeira do Sul, Magaiver Dias, recebeu o comunicado de que o prefeito José Otávio Germano havia renunciado ao cargo. O político estava afastado da função e é alvo de investigação na Operação Fandango. Em carta aberta ao povo de Cachoeira do Sul, ele justifica a decisão: “renuncio porque preciso de tratamento médico, sério e duradouro. Subestimei uma doença, enfermidade que atinge milhões de brasileiros, trazendo tristezas e frustrações para todos, especialmente para a família e amigos“.

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Ainda, desejou sucesso para a prefeita Angela Schuh e a todos os servidores. “Redijo essa carta com tristeza e gratidão. A dor de renunciar um cargo tão almejado e especial como o de Prefeito de Cachoeira do Sul, só não é maior do que a necessidade de preservar a minha própria vida. Devo tudo o que conquistei na minha trajetória pública a Cachoeira do Sul“, apontou, na carta.

Na operação Fandango, desencadeada no fim de setembro deste ano, apura-se a ocorrência de delitos licitatórios, corrupção ativa e passiva, concussão, bem como a prática de crimes de responsabilidade. Constam como investigados agentes públicos, privados e empresários envolvidos nas licitações e negociações suspeitas. As investigações são conduzidas pela Procuradoria da Função Penal Originária. Também participaram da operação promotores de Justiça vinculados ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRS), servidores e policiais adidos do MPRS, bem como integrantes da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil.

No dia 28 de setembro, Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Cachoeira do Sul e das Secretarias Municipais de Administração e Fazenda, Interior e Transportes, Meio Ambiente e Obras. As ordens foram expedidas pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A ação, através da Procuradoria da Função Penal Originária (PFPO), foi realizada também em residências de agentes públicos, agentes privados e empresários investigados e seus respectivos empreendimentos no município, onde foram arrecadados documentos e equipamentos eletrônicos.

Além disso, mandados de afastamento das funções, com proibição de frequentar as dependências do Poder Executivo local, bem como de manter qualquer espécie de contato com os demais investigados e suspeitos, foram realizadas.

Fonte: Jornal Arauto