Não é bem assim…

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CISMAS
(Esta coluna contém informação e opinião)

Neste momento, o assunto vai pelo acontecimento da Wine South America, em Bento Gonçalves-RS.

Num primeiro momento, sinceramente, não consigo entender a razão dos nomes de centenas de evento em solo brasileiro, ser “estrangeirado”, como este: Wine South America, que quer dizer literalmente, “Vinho Sul America…

A interpretação fica com vocês…Vinhos da América do Sul, Vinhos Sul-americanos, vinhos…

E, lendo sobre as palestras do evento, deparei-me com um quesito em uma exposição que falava de um dos grandes percalços no mercado de vinho no Brasil e no Rio Grande do Sul, qual seja a importação de vinhos argentinos, chilenos, uruguaios, em demasia e, muitas das vezes fora das regras do comércio internacional.

Por favor, entendam que não estamos “apadrinhando” o comércio ilegal, longe disso, todavia, são os tributos de nossos vinhos gaúchos e brasileiros, que tornam totalmente inviável as suas aquisições, visto que a qualidade dos vinhos de lá, pelo preço que são cobrados, fica muito mais em conta do que pelos preços de cá e os vinhos que se consegue adquirir, na Serra Gaúcha, nos supermercados, nas casas especializadas.

Ou seja, o nosso vinho daqui se comparado em qualidade de algum vinho de lá, fica totalmente inviável sua compra.

Por isso o grande mercado de importação de vinhos de nossos “hermanos”, pois é muito mais em conta.

O tom que se tem ouvido nestas reclamações soa como “compra indevida” ou desprazer, no entanto, seja o governo federal como o governo estadual, precisam criar “argumentos” que façam com que os tributos fiquem em um patamar viável para os produtores e, assim, poder competir em qualidade e preço com os vinhos argentinos, chilenos e uruguaios.

Não existem culpas nos “importadores”, que nada mais fazem do que querer qualidade do vinho a preço acessível, pois como todos devem saber, com o passar do tempo, o “paladar vinícola” passa, cada vez mais, a ser apurado.

Simples assim.