Não preciso disso…

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AGENDA 

Nossa vida já está atribulada demais para, na hora de nosso lazer, sofrer com desilusões, com malvadezas, com o desamor e tantas outras desilusões.

Sem falar nos abusos contra a lei e a ordem.

Que coisa…como conseguem ainda manter a atenção das pessoas para tanto.

E vejam que, normalmente, aqueles instantes quando a nossa mente precisa de uma boa distração, do relaxamento, de “abobrinhas”, pois é exatamente nesse momento que a coisas não acontecem como tem que ser.

Num primeiro momento estou falando sobre a televisão, sobre a programação da televisão em geral, ou melhor, sobre a programação dos canais de televisão.

Que horror!

Eu sei lá, em quatrocentos e cinquenta canais que a programação paga oferece, dificilmente se acha um bom canal, com um bom programa para amainar nossas atribulações diárias.

Imaginem a programação da televisão aberta…

Contudo, o tema que me traz aqui para conversar com vocês, é exatamente sobre as novelas nos canais em que elas existem.

Por favor…

Em muitas opiniões, devem estar achando que estou conduzindo uma narrativa um tanto quanto exagerada, porém a opinião que tenho, vem através de um prisma que aborda a “boa coisa”, o “bom andamento da história”, a felicidade e a alegria em acompanhar um folhetim e seu enredo, com o lenitivo de poder abrandar mente e coração.

O que eu quero dizer com isso?

Vejam bem: os folhetins de hoje em dia e já de algum tempo, trazem em seus contextos somente maldades, crimes, falcatruas e, pensam eles que com isso, a vontade do acompanhamento no dia seguinte é certo.

Infelizmente é verdade, caso contrário não teriam sucesso em seus eventos.

Com uma outra visão, a verdadeira realidade é que tais histórias, e vocês poderão verificar com mais atenção, traz a vilã que tudo consegue, que tudo dá certo, que tudo pode e faz e acontece, ao passo que a mocinha é totalmente ingênua, é infantil, e não consegue acrescentar um ponto positivo em sua história, na sua caminhada.

Sofre, padece, encarna a verdadeira vida dolorida, ao passo que a vilã só tem “alegrias”.

Onde está o bom nisso tudo?

Ao que tudo se parece, exaltam, engrandecem a injustiça como ponto alto do enredo, o tempo todo e, mesmo lá no fim de toda a história, a vilã ainda foge para outro país, de avião e na primeira classe…

Primam pela maldade e pelas falcatruas, em detrimento a alegria de nós, viventes, que acionamos o controle remoto para resfolgar, descansar, aliviar as tensões diárias.

Se sou noveleiro? Eu era…

Não preciso disso.