Trote da Jararaca

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AGENDA

Esta história que ora lhes conto, deverá estar presente, se um novo compêndio do meu mais novo livro “O Palco é Pequeno…Encruzilhada do Sul Em Contos” tiver um segundo ato.

Ela tem como “palco”, uma repartição pública aqui da nossa querida Encruzilhada do Sul, donde as brincadeiras sempre marcaram o bom-humor e a alegria de seus funcionários.

São diversos acontecimentos que ali aconteceram, patrocinados por eles (os funcionários desta repartição pública), acontecimentos estes que “correram o mundo”, tendo em vista suas hilárias “armações”

Assim me contaram, como também todas as outras histórias…
Pois bem, um certo agricultor teve um acidente em sua propriedade e, com o devido tratamento, deu sua presença neste estabelecimento.

Havia sido mordido por uma cobra e, para o devido atendimento de saúde foi informado dos procedimentos cabíveis nesta situação.

Um deles (os procedimentos), era matar a cobra que o mordeu, para que fosse identificada a sua espécie, no intuito de ser prescrito o soro antiofídico.

Naturalmente este agricultor correu para esta repartição pública e pediu que os profissionais do ramo que ali estavam, identificassem a espécie daquela cobra que o mordeu.

Feito isso, se endereçou ao hospital para informar a espécie da cobra e, devidamente tomar o soro indicado.

Mas, a cobra que estava morta, naturalmente, ficou nesta repartição pública, visto toda a correria para atender ao “paciente”.

Olharam, olharam para aquela a cobra e, “despacito”, a imaginação deles pôs-se a funcionar…

Não deu outra: sacanagem à vista!

Pegaram uma caixa de isopor, colocaram dentro dela embalagens de vacinas e, “pregada” na tampa desta caixa pelo lado interno, estava a cobra.

Era uma jararaca, de nome científico “Bothrops Jararaca” e da família dos “viperídeos”.

Imaginem…

As pessoas chegavam nesta repartição pública à procura de vacina e eram “endereçadas” para a caixa de isopor, com “muito carinho a presteza” no atendimento ao pleito.

Não preciso dizer para vocês que, ao levantarem a tampa da caixa de isopor, se atiravam “de lombo” para trás, gritando impropérios dos mais absurdos que se podia ouvir.

Vinha junto com a tampa uma jararaca “estendida”, sendo que esta mesma tampa era jogada a metros de distância, com gritos, urros, ataques de nervos, e tremedeiras sem fim.

Alguns sorrisos modestos dos funcionários eram vistos, todavia e lá por dentro davam imensas gargalhadas…

Depois disso ninguém mais teve a coragem de abrir qualquer caixa de isopor por causa “do trote da jararaca”…também pudera, né?