Um pitaco na educação

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Cismas – Coluna de Opinião

Tenho por capricho ordenar a educação de nosso país como a base primordial de qualquer cidadão tupiniquim.

Tive, em minha infância e adolescência, a meu ver, a melhor de todas as grades curriculares que até hoje existiu, sem sombra de dúvidas e, por isso, me sinto agoniado com tudo isso que vejo nestes momentos de Brasil.

Acreditem, não são saudades, são fatos que demonstram ainda a todos aqueles que viveram naquele tempo e, que hoje venceram na vida e desfrutam de suas merecidas aposentadorias, que aquele tipo de currículo escolar foi totalmente eficiente.

…fonte de conhecimento e de formação.

A média em todas as matérias para não fazer exame era sete.

Tinha a primeira época e a segunda época… se rodava na segunda época, rodava de ano, não tinha outra chance e nem “apadrinhamento” e, ninguém ficou traumatizado com isso.

Os professores eram muito bem remunerados e, eram excelentes professores, dedicados, estudiosos, prestativos, interessados em suas matérias e em nós, seus alunos.

Dominavam totalmente o conteúdo curricular e isso nos dava a segurança necessária para saber que, realmente, estávamos aprendendo algo de fundamento.

Foram verdadeiros agentes de mudança em nossas vidas.

Matemática, Física, Biologia, Português, Inglês, Francês, Desenho, Moral e Cívica, Educação Física, História do Brasil, História Geral… era sensacional! (rimou?)

A duração de uma aula era de 45 minutos e o recreio tinha 30 minutos de descanso, para um lanche e uma boa prosa com colegas, amigos e também os professores, que desciam ao pátio para bater papo conosco.

Integração total.

Provas? Duas.

Uma lição escrita no meio do mês e uma sabatina no fim deste, a soma dividida por dois, era a nota mensal.

Se fosse mal a uma, tinha a chance de melhorar na segunda.

Esses são algumas características de nosso aprendizado…

Hoje em dia, alguma coisa a mais é preciso ser feito, além do que era feito naqueles bons tempos, no intuito de gerar conecção com a cidadania e a busca pelo bem-estar, e que aqui está como apenas sugestões, por exemplo:

– fortalecer a gestão escolar com processo seletivo para diretores e coordenadores;
– descentralização financeira, ou seja, dentro de determinados valores, passar os recursos da educação para a própria escola;
– avaliação dos estudantes, com o intuito de monitorar o seu aprendizado;
– ampliar a tecnologia para que pais/responsáveis, diretores e coordenadores possam acompanhar aos alunos (horário de entrada/saída, notas, avaliações, reuniões, etc);
– naturalmente que melhorar, e muito, a estrutura das escolas, no que se refere às salas de aula, ao prédio da escola, laboratórios, bibliotecas, quadras esportivas;
– implantar, gradativamente, o turno integral;

Assim é que estamos “dando um pitaco” em nossa educação, com o intuito sempre de colaborar, mesmo que estejamos “dando soco em ponta de faca”, mas entendemos que é preciso sempre falar sobre este assunto.

Quem sabe algum dia…