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DE PIJAMA…

        Quer se queira, quer não se queira, mesa de bar é um dos maiores mananciais de subsídios para alcançar aos prezados(as) leitores(as), minhas crônicas.

        Não existe lugar melhor para que a gente possa conversar descontraidamente e, conhecer as mais diversas nuances da vida cotidiana da comunidade e adjacências.

        Claro que nem sempre as histórias são as que a gente quer ouvir, mas sabe-se que a vida é assim mesmo, com altos e baixos e que as pessoas, atores e atrizes, são os protagonistas destas nuances.

        Contudo, a grande maioria delas e por ser a mesa de bar um lugar extremamente alegre (geralmente), as mais hilárias são as que ficam em nossa memória e, eu tenho sempre um grande estímulo, muito verdadeiro, de compartilhar com vocês aquilo que pode ser partilhado, é claro.

        Desta última vez, o fato que vou descrever aqui para vocês, fala muito da intrepidez de uma conquista e, logo após, a não agrimensura das suas consequências.

        Pois bem, vamos lá…

        Pois um velho amigo da gente estava numa festa muito animada (e ele também), e, muito a fim de namorar.

        Tinha uma certa menina com a qual ele já havia “atirado algumas flechas de Cupido” …

        Elegeu-a como a sua preferência de conquista naquela noite, pois nutria sentimentos muito bons e com bastante futuro, todavia é preciso dizer que, mesmo com todo esse seu entusiasmo, podia ser que ela não o correspondesse.

        Percebeu que haveria de obter uma certa coragem para aproximar-se dessa sua “deusa” e, não seria, então, no início da festa que haveria de “chegar”.

        Foi “abastecendo-se de coragem” (vocês devem saber do que eu falo), e, achou ter chegado o momento de tentar um diálogo com a moça.

– Hoje eu quero ficar contigo! – disse ele assim, na lata, sem nenhum prolegômeno (introdução, prefácio, amaciamento), ao conversar com a menina.

– Tô fora – recebeu como resposta.

        Ele saiu dali muito indignado e totalmente insatisfeito com a resposta.

        Deu mais algum tempo e voltou “a carguear”:

– Hoje eu quero ficar contigo!

        Novamente, a resposta foi negativa, mas com um pouco de mais ênfase:

– Vai te catar, tu já bebeu demais.

        E assim foi, da metade da noite até o fim da festa…ele fazendo o convite para a moça ficar com ele aquela noite e ela negando, contudo, de tanto encher a paciência da moça, ela, surpreendentemente, aceitou o convite e ele exultou de felicidade.

        Fim de festa (ele já “um pouco alto”), dirigiram-se para o apartamento dele, sendo que em sua fantasia, a noite deveria ser algo inesquecível, visto ele, como já foi dito, tinha muitos bons sentimentos para com ela.

        Chegou, enfim, “aos finalmentes” e, ele despindo-se das suas roupas da balada e ficando somente de cueca, atirou-se em sua cama, cruzando suas mãos entrelaçadas junto a sua nuca e, sorrindo esperou sua “namorada” ir até o banheiro, talvez desmanchar a maquiagem…

        Resumo de toda essa história: acordou ao raiar do “meio-dia”, numa baita ressaca, de pijama, deitado sozinho em sua cama…

        A namorada? A última vez que ele se lembra foi quando ela entrou no banheiro…talvez para desmanchar a maquiagem…

        Que moça bem legal essa…ainda colocou o pijama nele…