Papo de Psicólogo l Por: Rafaelle Borba
Quando falamos em autorresponsabilidade, estamos falando da nossa capacidade de assumir o controle sobre aquilo que acontece na nossa vida. Quando desenvolvemos a
autorresponsabilidade, aprendemos a distinguir o que está ou não sob nosso controle e de que forma vamos lidar com aquilo; compreendemos que quase tudo que ocorre de bom ou de ruim na nossa vida, está associado às escolhas que tomamos ao longo do caminho.
Vou citar um exemplo prático pra ilustrar: uma pessoa que quer ter uma vida mais organizada, ter mais tempo, por exemplo. Ela é autorresponsável quando entende que são as atitudes dela que interferem nessa desorganização e falta de tempo da qual ela se queixa. Há sim, fatores externos que influenciam o nosso dia-a-dia e que não estão em nosso controle, mas ao invés de colocar a culpa neles, eu reflito: mas o que eu estou fazendo com isso? Como eu estou enfrentando e lidando? Estou focando no problema ou na solução? Outro exemplo que eu traria aqui, seria o do próprio processo terapêutico, que eu vivencio na minha prática diária, em que o paciente que não se autorresponsabiliza pelo seu tratamento, em fazer tudo que é proposto, em cuidar da sua saúde, não terá um resultado satisfatório, mesmo que ele tenha o melhor profissional do mundo ao lado dele.
É necessário fazermos a nossa parte e parar de terceirizar os nossos resultados. Então, o
quanto você se vê responsável pela sua vida? Já diria Freud: “Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?”
Pode parecer difícil aceitarmos essa abordagem, mas quando despertamos essa consciência, vemos que é libertador entender que somos donos das nossas escolhas!
